“O que ainda quero fazer na vida?”

16/07/2025 20:59

Essa foi uma das perguntas que guiou os encontros do projeto Direito e Equidade: Formação à Comunidade, realizados no Presídio Feminino de Florianópolis ao longo do primeiro semestre de 2025.

Durante seis semanas, sentamos em roda com mulheres em privação de liberdade para conversar sobre temas como equidade, machismo, racismo, etarismo, capacitismo e lgbtfobia. A partir de dinâmicas interativas, falas espontâneas e atividades práticas, criamos espaços de escuta, troca e reflexão.

Mais do que levar conteúdo, fomos para escutar. E ali, onde tantas vezes o Estado só chega pela via da repressão, encontramos histórias de resistência, cuidado e sonhos em construção.

Cada resposta, cada silêncio compartilhado reafirmou uma certeza: ouvir também é um ato político.

Extensão é isso – quando a universidade atravessa muros e volta diferente.

Para saber mais, acesse o post na íntegra: https://www.instagram.com/p/DMK2ficMTvm/?igsh=MXdkYmNhaGw4amN1dg==

 

Extensão que atravessa muros: rodas de conversa e escuta ativa no Presídio Feminino de Florianópolis/SC

01/07/2025 09:03

Em 2025, o projeto “Direito e Equidade: formação à comunidade” segue em atividade e reafirma seu propósito: atuar às margens do sistema, em espaços onde o direito costuma chegar apenas como controle e punição.

Neste semestre, junto ao Programa de Educação Tutorial do curso de Direito da UFSC (PET), desenvolvemos rodas de conversa no Presídio Feminino de Florianópolis, discutindo temas como machismo, racismo, lgbtfobia, capacitismo, etarismo, equidade e abolicionismo penal – este último trazido pelas próprias internas. A atividade, construída com base na escuta e no diálogo, garantiu também direito à remição de pena às participantes.

O direito também acontece fora da universidade, e é preciso reconhecer que a prática extensionista é parte fundamental da formação jurídica. Atuar diretamente com populações historicamente marginalizadas desloca o olhar tecnicista do Direito e evidencia a distância entre a legalidade formal e o acesso real à justiça.

É na escuta do que está fora que a universidade pública se transforma por dentro.